domingo, 23 de abril de 2023

O MALA DO PÓ!

Tive um colega no Jornal O POVO que, assim como vários outros jornalistas metidos à humoristas do Pânico, gostava de se desfazer das pessoas. Bancar o piadista, fazer um trocadilho infame, tirar o sujeito do sério, por assim dizer...

Nossa! Só eles riam das próprias merdas que falavam. Apesar de fazerem questão de "se amostrarem" diante de um público razoável.
Então:
Eu curto até hoje suco de pacote - o famigerado KISUCO - e sempre levei pra fazer no lanche da tarde. Água gelada + açúcar + pó de uva, morango ou cajá (o meu preferido).
Porém, bastava eu começar a fazer o suco que o idiota entrava na copa com a mesma dedução:
"NOSSA, JÁ PAROU PRA PENSAR QUE TEU PULMÃO FICA DESSA COR QUANDO TU BEBE ISSO?"
Todo santo dia era a mesma coisa.
Minto. Ele SÓ CORRIA PRA COPA quando eu estava em companhia de outras pessoas. Só eu, ele nem aparecia...
O cara precisava de plateia, tão ridículo que é.
SÓ QUE CERTO DIA.
Entrei no recinto, abri o pacote de KISUCO na frente de 10 pessoas e esperei ele entrar. Quando disse a sua fenomenal frase, eu emendei:
"VEM CÁ! Onde foi que tu ouvia na tua vida que KISUCO mancha os pulmões? Isso é um líquido, não é fumaça não... Na pior das hipóteses, ele mancharia OS RINS, SÓ QUE, tudo que vai pros rins chega por lá dentro de tubos, que os médicos chamam de veias e artérias. Impossível você pintar ou tingir algo do seu corpo pela boca! E outra, vá se lascar. Se isso aqui fosse mijo, não era da sua conta, quanto mais KISUCO."
PRONTO!
Foi a última vez que o tal cientista-formado-super brincalhão-pau no cu-boçal de meia tigela tentou algo comigo.

Depois ainda dizem (diziam) que o TÓXICO era eu!

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Capitalismo Selvagem e PRECONCEITO racial!

Lembra daquele caso em que um negro morreu covardemente nos EUA porque teria tentado comprar uma carteira de cigarros com uma nota falsa de 20 dólares?
Isso comoveu o mundo e (novamente) revoltou os próprios americanos que, sabiamente, promoveram diversas manifestações de um nível que não se via desde o auge do NWA - banda de rap que, após sofrer uma humilhante batida policial na porta do seu próprio estúdio (1988) - criou a música "Fuck The Police" - que deu início uma das maiores revoluções da história do gênero!

Pois bem! Estatísticas mostram há anos que os negros sãos as maiores vítimas do preconceito racial seguido de morte. Se for negro, é bandido. Se for preto, é vagabundo. Ladrão, desocupado, perigoso, suspeito... Eu mesmo sofro preconceito todo dia. Afina de contas, se estou seguindo numa rua e surge uma mulher (senhora ou garota) vindo na minha direção MAS QUE atravessa desesperadamente pro outro lado EU TRATO isso como preconceito SIM. Pois se fosse meu irmão mais novo (que é quase loiro, branco e bonito) ela teria continuado seu caminho e, no mínimo, teria arreganhado um sorriso pro pimpão.
E quando alguém ignora um lugar que tá vago ao meu lado dentro do ônibus? Simplesmente a pessoa fica em pé na cara dura, toda orgulhosa e ciente de que sou uma criatura da pior espécie.
— Deve ser favelado, ladrão ou simplesmente feio. Negrinho feio!
Ahhh pode ser exagero pra alguns, etc e tal... e quer saber? Modéstia à parte, tudo isso é fichinha
EM RELAÇÃO a um episódio específico que passei e que poderia ~~~SIMPLESMENTE ~~~ter acabado tal e qual ao do negro americano.

Foi assim:
Após receber meu PRIMEIRO SALÁRIO no Jornal O POVO em junho de 1998 - eu e um amigo fomos na Feira da Messejana comprar umas roupas - Dia de DOMINGO! 100% GARANTIA de lotação, fartura, apurado além da conta, baderna, putaria e emoção!..

Eu estava super feliz, muito feliz, pois era o auge das famosas "roupas super legais de marcas" - Alegria das periferias!.
Greenwich, Pena, Maresia, Sem Sérebro, Aggy... e depois de muito rodar pelas barracas, escolhi duas camisas com as estampas muito bonitas... na hora que fui pagar, veio o susto.

O vendedor - um velhinho corcunda, meio carequinha, de camisa aberta e mãos trêmulas - colocou a nota de 50 reais em direção ao sol e gritou bem alto:
— Onde foi que você arrumou esse dinheiro? ESSE DINHEIRO É FALSO. VAMOS AGORA MESMO NA DELEGACIA.
Detalhe:
Com a esposa do lado - uma velhinha que calada estava e calada ficou.
Detalhe 02:
Quem conhece a Feira da Messejana sabe que a delegacia fica (ou ficava - nem sei se ainda funciona) bem no meio do chafurdo.
E lá fui eu atrás desse velho desgraçado que gritava escandalosamente - das barracas de roupas até o outro lado da praça, passando por dentro do mercado, das verduras, DVDs, sapatos, peixes, temperos, o caralho... pra cada seção, uma pausa pra levantar a nota pro céu e repetir em voz alta: " SEU vagabundo, safado, ladrão, marginal... sem esquecer do fabuloso adjetivo na frente.
Seu NEGUINHO isso... Seu NEGUINHO aquilo...Neguinho, sempre o neguinho.
Eu era um negrinho SIM e meu amigo mais ainda.
E ATÉ continuamos sendo. Embora esse amigo hoje more em PORTUGAL como um CHEF de cozinha de primeira!

Mas voltando pra meados da década de 1990 - quando a humanidade vivia seu estágio avançado de selvageria cultural - um outro amigo que era feirante dessa praça (mas que, por azar, estava de folga no dia do ocorrido) até já havia me contado sobre uma suposta tradição que existia na feira - feito entre os barraqueiros, feirantes, clientes e ambulantes - caso um ladrão fosse pego em flagrante.

— Cara, eles arrastam o coitado até a lagoa (uns 100 metros) pelos braços e pelas pernas, enquanto a multidão vaia e xinga mesmo sem alguns nem saber do que se trata. Se ele é inocente, se foi um engano ou se armaram pra ele... Ou seja, o grande circo midiático dos anos 1990.

— E chegando na lagoa, não tem perdão. Enfiam a cabeça dele na água e deixam ele se batendo até dizer chega. Dizem até que alguns perdem a consciência e até desmaiam...
TENSO!!!
Em alguns momentos, confesso que nem queria mais saber da nota Só pensava em sair dali sem ser afogado - pois humilhado eu já estava! Ao mesmo tempo, precisava ir até o fim só pra provar a minha inocência (ou nossa!). Eu sabia que a nota era verdadeira - pois quem me deu foi a mulher da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - agência Aldeota - tarará tarará - só que ao mesmo tempo, bastava que um verdureiro escroto (ou algum cliente que tenha tomado umas doses) gritasse: "PEGA LADRÃO!" que estávamos fudidos!
Resumindo:
FOI ENTÃO QUE, por pura sorte e por Deus - que deve ter assoprado no ouvido de cada pessoa ao longo do trajeto - pois eles sentiam pena e confiança por nós (eu e o meu amigo) AO INVÉS DE ASCO - e mais ainda no DELEGADO - que daria o veredicto final da confusão.

Aconteceu que, SIMPLESMENTE, ele pegou a nota e respondeu SEM PISCAR:
— se isso aqui é falso, eu queria umas dez dessa pra mim.

isso, depois de BOCEJAR (eu juro!) por uns 20 segundos... pra depois jogar a nota em minha direção - caindo ela em cima de sua mesa.

PENSE NO ALÍVIO! Ou LIVRAMENTO! Ou INTERVENÇÃO DIVINA mesmo! Ou os três e mais alguma coisa... E digo mais:
Quando saímos da delegacia, o velho ainda veio bodejar pro meu lado.
MAS dei um empurrão nele (por impulso mesmo!) que caiu todo escambichado por cima de uma viatura.
O povo riu e estávamos salvos!
Alívio da porra,
MAS JÁ PENSOU O CONTRÁRIO?

Apesar disso, não fiquei com trauma de feiras livres - já que o nome diz tudo: LIVRES!

Já em relação ao ser humano do tipo covarde e maquiavélico...
Esse pra sempre vou ter arrepios!

PRA FINALIZAR:
Em relação a morte do negro americano,
Será que alguém parou pra pensar que o grande CULPADO pode ter sido o vendedor ???


PRIVILÉGIO DIVINO!

 Uma das sensações mais inexplicáveis que existe é quando, em menos de um minuto, você sente o dia deixar de ser dia e a noite passar a ser noite.

Surreal, Belo, sem frescura ou sem fatores científicos.
Apenas isso:
"Você vem caminhando numa rua do bairro e ainda tá claro. De repente, BUM, escurece duma vez (duma vez mesmo!) e daí, você fica tipo: "Nossa! Eu presenciei isso!!! KKK - EU sou uma DAS POUCAS pessoas nesta cidade com esse privilégio!"...

SIM...
digo isso porque, de 1998 a 2019, foram raras as vezes em que tive tal momento - pois vivia enfurnado tensamente dentro de uma redação de Jornal.
AGORA NÃO...
Deu 10 pras 6 da tarde, paro de trabalhar dentro da minha própria casa (de bermuda, descalço, ouvindo Sepultura ou Forró Bruceloses...) e dou aquela voltinha pelo quarteirão só pra ver o céu passar do azul com laranja para o cinza com preto.
Sim...
As vezes é cinza com azul escuro... ou violeta... ou vermelho fogo.
MAS DAÍ, quem disse que ligo?


DUAS PROSAS SOBRE SKATE!

 Produzidas exclusivamente pra Revista Na Largada



O SERVIÇO DO ALÉM!

Algo inusitado que só acontece onde eu moro:
1) Simples assim: a figura me adiciona no zap e pergunta:
— Opa! Você é pintor? Preciso fazer um letreiro no meu BAR.
— Opa! Na hora meu amigo.
Depois de um encontro marcado, chego lá pra avaliar, medir, pensar, opinar e, principalmente, ter a noção e a despesa do serviço. Cara gente fina, descontraído, piadista, boêmio (um boêmio ser dono de um bar é algo surreal, porém fascinante!) e comedor.
Dizem que o fulano chega em casa do restaurante depois de devorar 40 espetos de tripa e ainda pede 3 pizza família - SÓ PRA ELE!
KKK... OK!
Fizemos um acordo em relação à pintura e ele me pagou metade adiantado - mesmo dizendo que poderia fazer com calma...
a logo, o mascote e várias palavras pelas paredes do recinto.
LEGAL... acontece que, hoje, uns 15 dias depois, fui lá pra saber quando realmente poderia começar a obra.
RESULTADO?
Não existia mais BAR NENHUM!
Eu passei direto na primeira caminhada e voltei ariado - tipo cachorro quando cai do caminhão de mudança e tal...
— Peraí! Tenho certeza que era nessa rua... fui e voltei mais umas 3 vezes e daí perguntei a um conhecido que mexia no celular na porta de casa.
— Amigo, o Bar do FULANO é nessa rua mesmo?
...
10 segundos de suspense>>
...
Resposta:
— cara, o FULANO foi embora tá com uns 8 dias....
Foi aí que se toquei que no lugar do Bar já tinham colocado uma placa enorme escrito ASSEMBLÉIA DE DEUS e a parede que antes era vermelha por conta da propaganda de cachaça Ypióca, virou um azul calcinha altamente celestial, divino, gracioso... srsrrs
Mais e aí?
FULANO foi embora pra onde? Hein? Quê? Ãm?
Nem se despediu de mim? Snif!
...
É doutor...
Taí mais um enigma da vida que nem eu e nem você seremos capazes de decifrar. Porém...
Uma coisa eu concordo:
O ser humano é o único bicho 100% livre, leve e solto...
e ele tá cagando pra nós!

KKK 




RIP CANISSO - RAIMUNDOS

 Entre os anos de 1994 e 1998 eu frequentei a praia como se não tivesse amanhã!

Deu a quinta-feira na semana, tome bagaceira!
E nessa época, diga-se de passagem, foi o extremo auge do ROCK NACIONAL pós anos-80 e, convenhamos também, VIBE igual aquela nunca mais na puta que pariu deste universo de merda.
15 adolescentes livres, leves e soltos, ao redor de um litro de MAZILE ou cachaça COLONIAL dignamente enterrada na areia em plena 1 da TARDE! Delícia!
E, claro, a trilha era esse ROCK composto por RAIMUNDOS, PLANET HEMP e uma porrada de pérolas dos mais diferentes buracos do BRASIL - e a gente ia pros shows, sim!
Gastávamos até o que não tinha e voltavamos pra casa querendo mais.
E numa dessas empreitadas - porra! demos de cara com CANISSO e RODOLFO chegando de pianinho umas 10 da manhã na barraca BIRUTA (Praia do Futuro)!!!!
Detalhe: era uma sexta e eles tinham show na CASA DO FAROL (quem lembra?) no dia seguinte. Ou seja, livres, leves e soltos que nem nós.
E assim foi. Rodolfo (ainda com dreads) , foi extremamente GENTIL e trocamos ideias por umas duas horas - SÓ PORQUE ele tava com uma camisa dos BEASTIE BOYS cuja estampa era a capa do primeiro disco (1986). Fui logo na jugular: PASSEI POR ELE CITANDO O NOME DAS 13 faixas desse disco e completei: "SÓ PERDE PROS RAIMUNDOS!"
Aí foi batata! Segundo a lenda ele disse:
"Caralho, traz uma cadeira pra esse moleque aqui!"
Enquanto isso, o CANISSO se lascava no caranguejo como se não tivesse amanhã.
Então fui na segunda jugular.
"Macho, tu é foda tocando BAIXO, mas pra comer caranguejo, pelo amor de Deus!"
Então peguei uma patinha no meio de uma montanha que ele havia dispensado (sem noção dos fatos) e mostrei como sugava o tutano de dentro.
Caralho! Prazer, CANISSO!
....
O resto daquele fim de semana, só Deus sabe - na causa!!!
KKKKKKKKKKKKKKK
Aliás,.
que esse mesmo DEUS te conforte HOJE - seja onde estiver!
Foda, inesquecível, emocionante e produtivo!
Na música e nos destroços da vida!


DINHEIRO ACHADO sempre é bem-vindo! OU NÃO?

E nos tempos atuais, ALELUIA!, multiplica, Senhor, etc e tal...
Porém, EU, nem no passado e nem no presente TENHO SORTE de encontrar uma bolada (seja pequena ou grande) de bobeira pelas calçadas - tanto é que desde a era do REAL, sequer encontrei algo além de 50 centavos - muitos deles dentro dos próprios bolsos.
mas então...
ONTEM estava eu dentro do supermercado do bairro quando reparei que no pé da bancada das verduras descansava lindamente uma NOTA DE 100 REAIS - zeradinha e brilhante - esperando o primeiro abençoada pegar.
Moleza... mas ao meu redor, tinha uma penca de pessoas, inclusive eu estava trocando ideias com o cara que abastecia as cebolas quando me dei conta. Do meu lado, uma gorda escolhendo tomates, do outro um carrinho estacionado com uma família de 4 (dois adultos e duas crianças - uma delas tinha uns 11 anos) conversando sobre a vida enquanto apertava os maracujás.
E agora, Jesus?! 100 CONTO. 100 CONTINHO!

É meu! É meu! É meu... e acabou sendo.
Fiz o golpe do joelho coçando, depois passei pra canela, ajeitei a chinela e PÁ! OS 100 CONTO já estavam no bolso daquele que sorria feliz e bem-aventurado com a contemplação!
MAS NECAS!
Dois quarteirões depois de sair do recinto, meto a mão no bolso pra beijar a nota E REPARO QUE ELA NÃO PASSAVA DE UMA DESSAS PROPAGANDAS DE IGREJAS EVANGÉLICAS - que imprime DINHEIRO apenas em uma banda - enquanto que a outra é composta por convocações do tipo "DEUS TEM UM PLANO PRA SUA VIDA"....
Hummmmmmmmmmmm....
Ok, sem mais comentários, eu apenas respondi (baixinho).
Plano? Meu plano acabou de ir pras CUCUIAS!
*SUEI pra nada!! kkk


Todas 

OLHA O GÁÁÁÁS!

 Pra mim, morar na PERIFERIA sempre foi maravilhoso demais!!!

Sempre fui do contato humano, dos gritos e risadas, dos bichos e plantas, do chão de terra aqui, do calçamento esburacado acolá. Do pouco asfalto que vive em obras devido aos córregos que teimam em resistir. Morar na periferia é usufruir das bodegas que nunca fecham, da verdureira que passa todo santo dia, do carro do ovo, do pão, dos salgados... é o lu
gar onde a molecada nunca dorme e as padarias vendem de tudo. Aliás, basta uma padaria, assim como uma farmácia, um bom lugar pra comer panelada (ou buchada) bem feita e, claro, aquele mercantil de bairro que, apesar de apertado, tem tudo pra que você não precise se deslocar pras vizinhanças - e até mesmo pro Centro da cidade, pra tornar a periferia um lugar perfeito pra se viver.
PORÉMMMMM.... solicitar UM BOTIJÃO DE GÁS é por demais foda. Fodastico. Fodaço! Único estresse em relação aos confins de uma cidade/capital.
Acabou o gás, se prepara pois é um dia perdido só esperando o cabra chegar com a moto e o dito cujo. E não chega, e não vem, e não aparece. Não Importa quantas distribuidoras existam no pedaço. E sempre tem mais que qualquer outra coisa...
Mas...
— Rapaz, cadê tu?
— Tô chegando meu patrão! Já tô aqui na curva da jumenta.
E nada de aparecer. E o sujeito feito besta abrindo e fechando o portão pra poder receber o safado.
Safado, sim. Sem-vergonha e ainda por cima enrolador. KKK
Malaca, cheio de nove horas, tampando um buraco e descobrindo outro... ou simplesmente preguiçoso mesmo. Se faz de doido e só entrega quando bem quer.
Conheço um entregador de gás que xavecava a vizinha, enquanto a moto (lotada de botijão) ficava encostada na calçada. Ele chegava umas 2 da tarde e saia a tardinha, quase escuro... todo santo dia! Como é que pode? Pensava eu!
Dia desses, liguei cobrando um pedido e o cara falou:
(outro entregador, outra distribuidora)
— Opa, tô aqui em frente a academia, mas não acho sua rua não....
A rua ficava a uns 10 metros.
— Pois perai que vou tô indo te pegar. Fica aí
E então ele se revelou:
— Não, não... na verdade eu ainda tô chegando. Tô aqui perto do canal.
— Canal? O único canal que conheço fica a uns 15 quarteirões daqui! Tu tá onde mesmo?
— Alô? Qual o nome mesmo do seu bairro? E fica em qual conjunto? Confere aí sua rua... Pode mandar a localização...
— Meu amigo, ja mandei essa localização umas mil vezes.
— Aguarde ai, meu patrão. Tô indo é agora.
E assim vai levando e levando. E o mais engraçado é que virou rotina. Se normalizou e, atualmente, todo mundo tem mais medo de pedir o gás do que ver ele acabando no meio do almoço.
Acabou o gás? PQP... é mesmo que tirar o dia pra resolver bucho numa lotérica ou banco.
Tem que ter paciência e virtude nesse dia tão especial.
KKKK
Periferia é tudo!

BICHOS DA NOITE!

Dizem que NOVA YORK é uma cidade que não dorme.  PUFF! (peidando na boca!) --- não vou nem tão longe, meu caro! Já estive em São Paulo e, po...